Em um claro sinal de que a era da amálgama odontológica está a terminar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um relatório, a 11 de outubro de 2011, intitulado “Future Use of Materials for Dental Restoration” (Utilização futura de materiais para restauração dentária): http://www.who.int/oral_health/publications/dental_material_2011.pdf. A OMS insta “uma mudança na utilização de materiais dentários” distantes da amálgama, explicando que “são desejáveis, por muitas razões, materiais restaurativos alternativos à amálgama”.
O relatório descreve pormenorizadamente três dessas razões:
1. A OMS afirma que a amálgama liberta uma “quantidade significativa de mercúrio”: A OMS conclui que a amálgama é um problema sério para a saúde ambiental porque a amálgama liberta uma “quantidade significativa de mercúrio” no ambiente, incluindo a atmosfera, águas superficiais, águas subterrâneas e solo. “Quando o mercúrio das amálgamas se liberta, este viaja através desses meios, infiltrando-se e depositando-se no meio ambiente a nível global. As emissões de mercúrio podem então entrar na cadeia alimentar humana, especialmente através do consumo de pescado” (p. 13).
2. A OMS afirma que a amálgama aumenta “os problemas de saúde em geral”: O relatório da OMS conclui que “a amálgama tem sido associada a problemas de saúde em geral” e explica que de “acordo com a Norwegian Dental Biomaterials Adverse Reaction Unit (Unidade Norueguesa de Reações Adversas a Biomateriais Dentários), a maioria dos casos de efeitos secundários devido a materiais para restauração dentária estão ligados à amálgama dentária” (p. 12).
3. A OMS afirma que “estão disponíveis materiais alternativos à amálgama dentária”: A OMS conclui que “estão disponíveis materiais alternativos à amálgama dentária” – e cita diversos estudos que indicam a sua superioridade face à amálgama (p. 35). Por exemplo, a OMS afirma que “dados recentes sugerem que os compósitos à base de resina funcionam igualmente bem” como a amálgama (p. 11). E também afirmou que os compómeros apresentam uma taxa de sobrevivência superior, citando um estudo onde se conclui que 95% das restaurações em compómero sobrevivem após 4 anos, enquanto que só 92% das restaurações em amálgama sobrevivem tanto tempo” (p. 12). A OMS reconhece os benefícios dos materiais livres de mercúrio: “Os materiais de resina adesiva permitem menor destruição do dente e, por conseguinte, uma maior sobrevivência do próprio dente”.